O “top influencer” coronavírus no Brasil e no mundo
Depois de 2 casos confirmados o covid-19 (coronavírus) é, seguramente, um “top influencer” com certeza no Brasil e talvez até no mundo muito mais pela quantidade de notícias alarmistas e de “fake news” a seu respeito do que pela sua taxa de letalidade.
Já dizia o Sr. Raffaele Morelli (famoso psiquiatra e psicoterapeuta italiano) em entrevista ao Wall Street Italia em 26/02/20 “o medo é mais perigoso que o covid-19 (coronavírus)”.
Vamos a uma série de fatos e considerações para darmos a devida dimensão a esta crise:
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Taxa de transmissibilidade:
Segundo o infectologista Dr. David Uip em entrevista no Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan no dia 03/03/20 a taxa de transmissibilidade do covid-19 (coronavírus), baseado nos números da China é de 1:3 enquanto a do sarampo é de 1:20. Até o momento temos, somente, 2 casos confirmados no Brasil enquanto no estado de São Paulo ocorreram no mesmo período 246 casos confirmados de sarampo sendo 76 na base aérea de Pirassununga e uma fatalidade, uma criança sem histórico de vacina.
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Taxa de letalidade
O epicentro inicial do covid-19 (coronavírus) foi na cidade de Wuham na China, uma região densamente povoada, 8.500 km2 e 11 milhões de habitantes (dados de 2018), o que facilitou a transmissão do coronavírus por toda a população.
A tabela ao lado, divulgada por Ricardo Amorim (não sabemos a fonte desta informação), traz a taxa de letalidade do covid-19 (coronavírus) por faixa etária, baseada nos números da China, ficando evidente que as taxas aumentam a medida que a idade aumenta, sendo bastante significativa para as pessoas com mais de 60 anos.
Estamos acompanhando diariamente os dados divulgados pela – OMS – Organização Mundial da Saúde no boletim Coronavirus disease (COVID-2019) situation reports e a taxa de letalidade média mundial, incluindo a China, é hoje de aproximadamente 3,4%. Até o momento, a taxa de letalidade fora da China é aproximadamente de 1,5%.
A taxa de letalidade dos vários tipos de “influenza” em 2018 foi de quase 20% segundo dados divulgados no Boletim Epidemiológico de 09/19 da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/25/boletim-especial-21ago19-web.pdf
A expectativa é que tanto as taxas de transmissibilidade como de letalidade globais devam cair à medida que os demais países implementem os seus programas de prevenção e controle contra o covid-19 (coronavírus).
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Medidas de prevenção
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A transmissão do covid-19 (coronavírus) pode ocorrer até 14 dias antes de aparecerem os primeiros sintomas. Até o momento não há nenhuma confirmação de que o covid-19 (coronavírus) esteja circulando livremente no país.
- Acesse e divulgue as recomendações de prevenção do Ministério da Saúde em http://www.blog.saude.gov.br/index.php/servicos/54072-prevencao-do-novo-coronavirus-comeca-com-habitos-de-higiene
- OBS.: é muito comum pessoas não lavarem as mãos após utilizarem os banheiros, certo?
- A máscara é eficiente? Segundo o Dr. David Uip a máscara comum à venda nas farmácias não tem muita utilidade contra o covid-19 (coronavírus) uma vez que ela vai ficando úmida à medida que vai sendo utilizada e um ambiente úmido é muito propício à sobrevivência de qualquer tipo de vírus.
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A economia será afetada?
O mercado financeiro precifica tudo. Da declaração de uma pessoa importante a uma epidemia de vírus. Devido ao covid-19 (coronavírus) as bolsas mundiais já caíram (algumas já esboçam movimentos de recuperação) e as previsões de crescimento das maiores economias mundiais diminuíram. Nesses movimentos de queda e posterior recuperação sempre tem alguém ganhando muito dinheiro apostando alto na especulação.
Com toda a região industrial de Wuham fechada por quase 2 meses assim como de boa parte da China é bastante natural uma certa queda na produção principalmente industrial. Esta produção pode ser facilmente recuperada com aumento nas horas trabalhadas e/ou produtividade o que não é difícil de fazer na China. Não será surpresa alguma se daqui a alguns meses depois que a epidemia do covid-19 (coronavírus) estiver controlada que as novas previsões de crescimento sejam muito próximas às pré-epidemia, mas sem o mesmo destaque que os de queda como agora.
91.000 pessoas infectadas (até 04/03/20) de um total de 7,7 bilhões de habitantes no mundo (0,0012%) não justifica todo este pessimismo!
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E as fake news?
Em tempos das mídias sociais o covid-19 (coronavírus) tornou-se um “top influencer” mundial principalmente pela grande quantidade de notícias publicadas diariamente, a maioria “fake”, o que já criou um novo termo além de epidemia e pandemia a infordemia – “excesso de informação sem conteúdo”. De igrejas a remédios caseiros (vinagre e chá de camomila) prometendo a cura à situações fora do controle no melhor estilo “quanto pior melhor” tem de tudo circulando pelas redes.
ATÉ HOJE NÃO MEDICAMENTO ESPECÍFICO CONTRA O COVID-19 (coronavírus).
Segundo o Dr. David Uip aproximadamente 1/3 dos infectados serão assintomáticos (porém podendo transmitir o vírus), 1/3 terão sintomas leves e o outro 1/3 sintomas mais graves que poderão exigir internação hospitalar. E dentro deste último 1/3 estarão os infectados mais idosos e/ou debilitados com outros problemas de saúde que necessitarão de cuidados especiais.
Estamos alertando nos nossos vários posts sobre o covid-19 (coronavírus) o princípio básico da gestão de crise* – a confirmação da informação recebida. Não retransmita nenhuma informação sem antes confirmar a sua veracidade e a fonte da informação.
* quer saber mais sobre gestão de crises acesse https://www.strohlbrasil.com.br/resposta-a-emergencias-e-gestao-de-crises/
Os profissionais da saúde, de contingência ou continuidade de negócios, de gestão de crises, das mídias etc. tem um papel muito importante na divulgação de informações fidedignas e não na amplificação da intranquilidade da população em geral, outro princípio básico na gestão de crise.
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A empresa onde trabalho precisa desenvolver um plano de contingência ou de continuidade de negócios?
Esta resposta é simples, curta e direta. Se você incluir os procedimentos de prevenção contra o covid-19 (coronavírus) no programa corporativo de contingência ou de continuidade de negócios a resposta é SIM, sua empresa precisa ter e divulgar os procedimentos de prevenção a serem seguidos por todos.
Caso contrário, a resposta é NÃO. Até o momento não há nenhuma razão fundamentada que justifique a utilização de horas preciosas de trabalho no desenvolvimento de planos de contingência ou de continuidade de negócios específicos para o covid-19 (coronavírus), exceto monitorar a sua evolução e, principalmente, as recomendações do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde dos estados e municípios, todas trabalhando cooperativamente.
O que a sua empresa já deveria ter é um plano de contingência ou de continuidade de negócios para absenteísmos – ausência de uma quantidade significativa de trabalhadores, seja qual for a causa: covid-19 (coronavírus), greves, enchentes, sarampo, dengue …
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O Brasil está preparado? Devo me preocupar?
Conforme esclarecemos neste post até o momento NÃO HÁ NENHUM MOTIVO que justifique esta preocupação exacerbada com o covid-19 (coronavírus). Isto é um efeito da infordemia e do covid-19 (coronavírus) como “top influencer” global.
O Brasil está acompanhando desde os primeiros momentos toda a evolução do covid-19 (coronavírus). Você pode acompanhar todas as ações em Linha do tempo: evolução da emergência de corona vírus e ações do Ministério da Saúde em https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/coronavirus
Alguns eventos relevantes:
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- Em 22/01/20 foi ativado o COE-nCoV – Comitê de Operações de Emergência (COE) é ativado em nível 1 de alerta, sem casos suspeitos
- Em 31/01/20 é acionado o Grupo Executivo Interministerial – GEI-ESP
- Em 03/02/20 ocorre a 1ª Reunião GEI-ESPII – Grupo Executivo Interministerial em Saúde Pública (GEI-ESPII) e o Brasil declara Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN).
Recomendamos que você acompanhe esta evolução pois há frequentes novidades.
Esperamos que este post tenha sido esclarecedor e útil para você. Há muitas outras doenças mais graves e que fazem parte do nosso dia a dia com as quais devemos nos preocupar muito mais do que com o covid-19 (coronavírus).
Caso tenha gostado não deixe de compartilhar com os seus pares e pessoas próximas. Vamos enfrentar o covid-19 (coronavírus) com serenidade, sem alarmismos, “fake news” ou infordemia.
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